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A participação do Fórum na trajetória entre a TV 2.5 e TV 3.0

O Fórum SBTVD nasceu em 2006 com o objetivo de assessorar o governo e empresas dos setores de radiodifusão, fabricantes de televisores e receptores na transição, implantação e melhorias da TV digital aberta no Brasil. E é o que a organização faz desde a primeira geração de TV digital terrestre, conhecida como TV 2.0, e para suas evoluções retrocompatíveis, as TV 2.5 e TV 3.0. 

Confira a entrevista abaixo realizada com Luiz Fausto de Souza Brito, coordenador do Módulo Técnico do Fórum SBTVD:

 

  1. Qual é a participação do Fórum na transição entre a TV 2.5 e a TV 3.0?
  2. B.: O papel do Fórum SBTVD foi estabelecido pelo Decreto nº 5.820/2006, como sendo de assessoramento do governo acerca de políticas e assuntos técnicos referentes à aprovação de inovações tecnológicas, especificações, desenvolvimento e implantação do sistema brasileiro de TV Digital Terrestre. 

Foi isso que o Fórum SBTVD fez para a primeira geração de TV Digital Terrestre (TV 2.0) e para suas evoluções retrocompatíveis (TV 2.5). Agora é isso que o Fórum está fazendo para a próxima geração de TV Digital Terrestre (TV 3.0). Cabe ao Fórum SBTVD propor ao governo as inovações tecnológicas e suas especificações. 

Representantes do governo, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acompanham as iniciativas, mensagens e reuniões. Após selecionadas as tecnologias e finalizadas as especificações, as normas técnicas passam por um processo de Consulta Nacional pela ABNT. Por fim, após publicadas as normas técnicas, sua adoção no Brasil compete ao governo.

 

  1. Quais foram as ações realizadas neste período?
  2. B.: Estabelecemos um plano de trabalho para a TV 3.0 que envolve diversas etapas. É um trabalho longo e complexo e o cronograma está sujeito a alterações. Na etapa inicial em que estamos, vamos definir os requisitos técnicos de todos os aspectos que compõe a TV 3.0 (camada física, multiplexação, codificação de vídeo e áudio, acessibilidade, alertas de emergência e middleware). Finalizada essa etapa (prevista para julho de 2020), vamos divulgar um Call for Proposals, aberto (em princípio até o final de novembro) a entidades internacionais de padronização tecnológica relacionadas à televisão e às demais entidades interessadas. No segundo semestre desse ano, também vamos definir os procedimentos de teste para comparação técnica das tecnologias candidatas (previstos para serem divulgados em agosto). 

No primeiro semestre de 2021, planejamos realizar esses testes através de um convênio do Fórum com as universidades. Em julho/2021, o Fórum deve decidir quais tecnologias adotar, sempre com a participação de representantes do governo. No segundo semestre de 2021, planejamos desenvolver as normas técnicas da TV 3.0.

 

  1. Quais os benefícios que ela pode trazer às empresas associadas e aos consumidores?
  2. B.: A TV 3.0 trará ainda mais qualidade de áudio e vídeo, melhorias nos recursos de acessibilidade, alertas de emergência e ganhos significativos de eficiência, mas sobretudo deve estar ainda mais integrada ao mundo da internet. Também precisa ser um padrão flexível e extensível para continuar evoluindo, cada vez mais rápido, para acompanhar a velocidade das mudanças do mundo à nossa volta. Esses atributos vão beneficiar não apenas os telespectadores, mas toda a cadeia de valor. 

Radiodifusores poderão contar com um plataforma de distribuição mais moderna e dinâmica para atender cada vez melhor sua audiência. Fabricantes de televisores vão se beneficiar pelo uso em larga escala de tecnologias incorporadas nos novos televisores, como UHD 4K, que apenas a TV aberta permite no Brasil. Fabricantes de transmissores, indústria de software, universidade e centros de pesquisa e desenvolvimento serão novamente muito demandados para atender à evolução tecnológica que se aproxima.

 

Para saber mais sobre a evolução da TV digital aberta no Brasil, continue nos acompanhando.

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